Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial
A Hipertensão Arterial caracteriza-se pela elevação persistente dos níveis pressóricos, sendo o valor considerado normal da pressão como sendo abaixo de 140x90 (ou 14 por 9 como é popularmente conhecido), sendo o nível ideal para a pressão como sendo "12 por 8".
Como consequência de uma pressão arterial não controlada nestes níveis propostos, ocorrerão lesões nos chamados "órgãos-alvo", como o cérebro, coração, rins, retina e vasos sanguíneos, levando à doenças como o derrame e o infarto do miocárdio, por exemplo. Por este fato, diz-se que a hipertensão é ao mesmo tempo má doença e também é fator de risco para outras e doenças.
Um dos grandes problemas da hipertensão é que os pacientes que sofrem desta doença normalmente são assintomáticos, ou seja, não sentem absolutamente nada, daí a mesma também ser conhecida como a "assassina silenciosa". Não é incomum os pacientes descobrirem a patologia justamente quando já sofreram um derrame ou um infarto.
Estima-se que no Brasil existam mais de 30 milhões de hipertensos, o que torna a hipertensão um problema de saúde pública, principalmente porque a nossa população encontra-se com uma perspectiva de vida em ascensão e a hipertensão torna-se mais frequente com o avançar da idade, com estimativas de estar presente em 50% das pessoas acima dos 60 anos e cerca de 75% entre aquelas com mais de 70 anos. Entretanto, é importante ter-se em mente que pode acontecer em qualquer faixa etária, inclusive em crianças, e que quanto maior o tempo de exposição à doença, chamada de "vida hipertensa", maior a chance de complicações nos órgãos-alvo anteriormente mencionados.
Outro grande problema no controle da hipertensão arterial é a baixa adesão por parte dos pacientes ao tratamento, uma vez que é uma doença crônica, sem cura, que requer tratamento para o resto da vida, que não produz sintomas na grande maioria dos pacientes. É bastante comum o abandono do tratamento pelo fato de o paciente achar-se curado já que não está sentindo nada, porém esquecem que não sentiam nada desde à época quando foi feito o diagnóstico.
Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão, destacam-se a idade avançada, indivíduos afro-descendentes, sobrepeso e obesidade, consumo excessivo de sal e álcool, sedentarismo e genética (parentes de primeiro grau hipertensos).
No dia 26 de abril próximo, quinta-feira, o Departamento de Hipertensão da Sociedade Pernambucana de Cardiologia, em conjunto com a Secretaria de Saúde da Prefeitura da Cidade de Recife e Centro Médico Senador José Ermirio de Moraes estarão promovendo a seguinte programação em função da campanha nacional "Eu sou 12 por 8", no 2o. Jardim da Avenida Boa Viagem, de 6:30 às 8:30h:
- Concentração para atividades físicas com a equipe da Academia da Cidade - Aulão de Ginástica e Alongamento;
- Oficina de aferição da pressão arterial
- Distribuição de material educativo
- Animação com presença da Frevioca
Dr. Silvio Paffer
Coordenador do Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Pernambucana de Cardiologia
Diretor Clínico do Centro Municipal de Hipertensão, Oftalmologia e Diabetes da Prefeitura da Cidade de Recife
A vacinação contra a influenza pode oferecer proteção cardiovascular para certos grupos de pessoas. As doenças cardiovasculares, como a doença arterial coronariana e o acidente vascular cerebral, são uma das principais causas de morte em todo o mundo. A influenza pode levar a complicações respiratórias, mas também pode afetar o coração e o sistema circulatório. Um estudo publicado em 2018 na revista científica "Circulation" descobriu que a vacinação contra a gripe pode reduzir significativamente o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca em até 50% em pacientes com mais de 65 anos. Outro estudo publicado em 2019 na revista "JAMA Network Open" descobriu que a vacinação contra a gripe reduz o risco de morte por doença cardiovascular em cerca de 18% em pessoas com mais de 50 anos. Além disso, a vacinação contra a gripe pode ajudar a prevenir complicações da influenza, como a pneumonia, que pode ser particularmente perigosa para pessoas com doenças cardíacas
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