DR.SILVIO PAFFER CRM 10.454 - RQE 6171

Muito tem se falado sobre pacientes graves, portadores de infecção pelo COVID 19, evoluindo com arritmias cardíacas, sobretudo por conta das complicações quando necessitam usar medicações como a hidroxicloroquina. Sabemos que a hidroxicloroquina, sobretudo quando associada ao antibiótico azitromicina, pode produzir um alteração no eletrocardiograma das pessoas que fazem uso da combinação (sob o ponto de vista técnico, "alargamento do intervalo QT"). Não são todas as pessoas que apresentam este efeito colateral, porém, caso apresentem, ficam susceptíveis à ocorrência de arritmias sérias. O fato é que a própria infecção pelo COVID 19 pode levar ao surgimento de arritmias em pacientes internados em UTI; cerca de 20 % destes vão apresentar estas complicações. Juntando à predisposição pelo uso da associação destas outras drogas, aumentaria mais ainda o risco. A boa notícia é que estes pacientes estarão em um ambiente de UTI, monitorizados, com um médico por perto, apto à administr

AS DOENÇAS DO CORAÇÃO NÃO ESPERAM O CORONA PASSAR... Tem-se observado um aumento importante de pessoas infartando em casa, pois temem ir numa emergência e contrair o corona vírus. Mas temos que manter em mente que as doenças do coração não fizeram quarentena, parando com suas repercussões deletérias sobre o nosso organismo. Na cidade de Nova York, uma das mais afetadas pela pandemia do COVID 19, observou-se um aumento de quase 50% nos casos de pessoas que infartaram em casa. E, infelizmente, sabemos que 30% das pessoas que sofrem um infarto sofrem morte súbita; não sobrevivem... É muito importante que os pacientes cardiopatas não parem de tomar suas medicações e mantenham as orientações de dieta e realização de atividade física, adaptadas à nova realidade, evidentemente, já que parques e academias encontram-se fechados, por exemplo, mas pode-se perfeitamente fazer uma caminhada ao ar livre, até mesmo no mesmo da rua, protegido, munido de máscara. E quem não estiver se sentindo bem,

Retomando o Bloq Após um longo período de ausência, retomamos as publicações em nosso bloq justamente no meio da pandemia do Coronavírus ou COVID-19. Vou ser sincero: não gostaria de entrar para a história como testemunha ocular de um momento tão triste e difícil que estamos vivenciando. Temos um inimigo invisível, capaz de fazer estragos como uma arma de destruição em massa. Temos mais dúvidas que certezas. Passamos por um momento político bastante complicado, onde até as terapias (poucas) para o enfrentamento da doença viraram motivo de briga política, existindo a medicação de A ou B. Precisamos entender que o coração é também um órgão que sofre com a infecção pelo Covid e os pacientes que mais irão ter complicações ou até mesmo risco de ir a óbito normalmente são àqueles que apresentam complicações cardíacas graves, que podem ser medidas através da realização de um exame no sangue: a dosagem da Troponina. Quanto maior e mais alterada for esta dosagem, maior a chance de complicaçõe