Muito tem se falado sobre pacientes graves, portadores de infecção pelo COVID 19, evoluindo com arritmias cardíacas, sobretudo por conta das complicações quando necessitam usar medicações como a hidroxicloroquina.
Sabemos que a hidroxicloroquina, sobretudo quando associada ao antibiótico azitromicina, pode produzir um alteração no eletrocardiograma das pessoas que fazem uso da combinação (sob o ponto de vista técnico, "alargamento do intervalo QT"). Não são todas as pessoas que apresentam este efeito colateral, porém, caso apresentem, ficam susceptíveis à ocorrência de arritmias sérias.
O fato é que a própria infecção pelo COVID 19 pode levar ao surgimento de arritmias em pacientes internados em UTI; cerca de 20 % destes vão apresentar estas complicações. Juntando à predisposição pelo uso da associação destas outras drogas, aumentaria mais ainda o risco.
A boa notícia é que estes pacientes estarão em um ambiente de UTI, monitorizados, com um médico por perto, apto à administrar a situação e tomar as medidas necessárias. Desta forma, não devemos ficar impressionados com o alarde que a imprensa leiga faz diuturnamente nos telejornais.
Não estou dizendo que a doença não tenha consequências sérias - aqueles pacientes que necessitam entubação e assistência ventilatória, podem ter complicações gravíssimas e até evoluir para o óbito.
Outra coisa importante, é que esta associação de medicações estão mais indicadas para a fase pré-hospitalar da doença, ou seja, até o quinto dia de sintoma.
E, o mais importante: não se auto-medique! Converse com um médico de sua confiança.
Pessoal, depois de um longo e tenebroso inverno, estamos retomando nosso blog! Procuraremos trazer informações úteis e atualizadas no tocante à prevenção das doenças cardiovasculares, bem como estilo de vida saudável e o que há de mais novo na Medicina. Aproveito para convidar a nos seguir em nosso instagram, @dr.silviopaffer
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