Muito tem se falado sobre pacientes graves, portadores de infecção pelo COVID 19, evoluindo com arritmias cardíacas, sobretudo por conta das complicações quando necessitam usar medicações como a hidroxicloroquina.
Sabemos que a hidroxicloroquina, sobretudo quando associada ao antibiótico azitromicina, pode produzir um alteração no eletrocardiograma das pessoas que fazem uso da combinação (sob o ponto de vista técnico, "alargamento do intervalo QT"). Não são todas as pessoas que apresentam este efeito colateral, porém, caso apresentem, ficam susceptíveis à ocorrência de arritmias sérias.
O fato é que a própria infecção pelo COVID 19 pode levar ao surgimento de arritmias em pacientes internados em UTI; cerca de 20 % destes vão apresentar estas complicações. Juntando à predisposição pelo uso da associação destas outras drogas, aumentaria mais ainda o risco.
A boa notícia é que estes pacientes estarão em um ambiente de UTI, monitorizados, com um médico por perto, apto à administrar a situação e tomar as medidas necessárias. Desta forma, não devemos ficar impressionados com o alarde que a imprensa leiga faz diuturnamente nos telejornais.
Não estou dizendo que a doença não tenha consequências sérias - aqueles pacientes que necessitam entubação e assistência ventilatória, podem ter complicações gravíssimas e até evoluir para o óbito.
Outra coisa importante, é que esta associação de medicações estão mais indicadas para a fase pré-hospitalar da doença, ou seja, até o quinto dia de sintoma.
E, o mais importante: não se auto-medique! Converse com um médico de sua confiança.
A vacinação contra a influenza pode oferecer proteção cardiovascular para certos grupos de pessoas. As doenças cardiovasculares, como a doença arterial coronariana e o acidente vascular cerebral, são uma das principais causas de morte em todo o mundo. A influenza pode levar a complicações respiratórias, mas também pode afetar o coração e o sistema circulatório. Um estudo publicado em 2018 na revista científica "Circulation" descobriu que a vacinação contra a gripe pode reduzir significativamente o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca em até 50% em pacientes com mais de 65 anos. Outro estudo publicado em 2019 na revista "JAMA Network Open" descobriu que a vacinação contra a gripe reduz o risco de morte por doença cardiovascular em cerca de 18% em pessoas com mais de 50 anos. Além disso, a vacinação contra a gripe pode ajudar a prevenir complicações da influenza, como a pneumonia, que pode ser particularmente perigosa para pessoas com doenças cardíacas
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